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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Instalando e configurando Broadcom NetXtreme II BCM5708 no Debian Lenny

Recentemente tive problemas para instalar um Servidor dell PowerEdge 1950 com uma NIC Broadcom Corporation NetXtreme II BCM5708

Saída do comando lspci:
...
08:00.0 Ethernet controller: Broadcom Corporation NetXtreme II BCM5708 Gigabit E thernet (rev 12)
...

Após algumas "Googladas" descobri este site: http://http.us.debian.org/debian/pool/non-free/f/firmware-nonfree/, que contem os firmware de placas de redes não Free.

Basta baixar o arquivo para sua placa e instalar via dpkg. No caso do da Broadcom o arquivo que deve ser Baixado é firmware-bnx2_0.27_all.deb.

Após instalar verifique se modulo bnx2 está carregado, para isso use o comando lsmod, configure o arquivo /etc/network/interfaces conforme as necessidades de sua rede.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Entendendo o arquivo fstab do Linux

por Helbert Rocha no dia 10/jan/2010 em Tutoriais

O arquivo fstab para muitos iniciantes em Linux é algo terrível de se entender. Esse arquivo é muito importante dentro do sistema devido à sua possibilidade de customização e grande importância na produtividade diária de um desktop Linux. São poucos os usuários que possuem mais de um disco rígido no computador e que não tiveram que editar o arquivo fstab. Entenda-o agora de forma didática e simples. Você nunca mais precisará chamar aquele amigo mais entendido de Linux para resolver esse problema. Aprenda a ser um usuário livre dentro de um sistema operacional livre como é o Linux.
Fstab

Para abrirmos o arquivo fstab devemos, no terminal do Ubuntu (isso varia de distro para distro e de Gnome para KDE), digitar:

sudo gedit /etc/fstab

Vemos abaixo um exemplo de uma linha do arquivo Fstab:

/dev/cdrom /media/cdrom auto ro,noauto,user,exec 0 0

A primeira coluna (/dev/cdrom) corresponde ao hardware que queremos montar. A segunda coluna significa o lugar que queremos montar (lugar que aparecerá o seu conteúdo) o hardware, no caso, o cdrom (/media/cdrom). Na terceira coluna (auto) começa a complicar um pouco.
auto

Essa opção se refere ao sistema de arquivos da unidade. Se ela é ext3, ext4, ntfs, etc. Recomendável deixar a opção auto, que o sistema de arquivos será detectado automaticamente.
Em seguida teremos a quarta coluna (ro,noauto,user,exec). Ela é composta de valores em sequência e sem espaço entre elas. Vamos tentar entender o que significa esses valores.
ro e rw

O ro significa read-only ou somente leitura. E rw significa read-write ou leitura e escrita.
auto e noauto

Com a opção automática (auto), o dispositivo será montado automaticamente (na inicialização). auto é a opção padrão. Se você não quer que o dispositivo seja montado automaticamente, use a opção noauto. Com noauto, o dispositivo pode ser montado apenas manualmente.
user e nouser

Estas são opções muito úteis. A opção do usuário (user) permite que os usuários normais montem o dispositivo, ao passo que nouser permite apenas ao root montar o dispositivo. nouser é o padrão, que é uma das principais causas de dor de cabeça para os novos usuários Linux. Se você não é capaz de montar o seu cdrom, disquete, partição do Windows, ou algo como um usuário normal, adicione a opção do usuário no /etc/fstab.
exec e noexec

exec permite executar binários que estão nessa partição, enquanto noexec não permite que você faça isso. noexec pode ser útil para uma partição que contém os binários que você não deseja executar no seu sistema, ou que nem sequer pode ser executado em seu sistema. Este poderia ser o caso de uma partição Windows. exec é a opção padrão, que é uma coisa boa. Imagine o que aconteceria se você acidentalmente utilizar a opção noexec com sua partição raiz do Linux…
sync e async

Como a entrada e saída para o sistema de arquivos deve ser feito. sync significa que é feito de forma síncrona. Se você olhar para o fstab da unidade de disquete, você vai perceber que esta é a opção utilizada. Significa que quando você, por exemplo, copiar um arquivo para o disquete, as alterações são gravadas no disquete, no mesmo tempo que você emitir o comando de cópia. No entanto, se você tem a opção async em /etc/fstab, entrada e saída são feitas de forma assíncrona. Agora, quando você copiar um arquivo para o disquete, as alterações podem ser fisicamente gravadas muito tempo depois de emitir o comando. Isso não é ruim, e pode ser favorável, mas pode causar alguns acidentes desagradáveis: se você acabou de remover o disquete sem desmontar primeiro, o arquivo copiado pode não existir fisicamente no disquete ainda! async é o padrão. No entanto, use a sincronização com o disquete, especialmente se você está acostumado ao modo como ele é feito no Windows e tem uma tendência a retirar os disquetes antes de desmontar primeiro.

Você pode ainda ao invés de usar todas essas variáveis, utilizar uma opção que reúne todas as opções padrão na quarta coluna.
defaults

Usa as opções padrão que são rw,exec,auto,nouser,async. Exemplo:

/dev/hda2 / ext2 defaults 1 1

Na quinta coluna, temos um número que pode ser 0 ou 1. Se 0, a unidade não será checada pela análise de sistema de arquivos do Linux rotineiramente. A sexta coluna, é apenas a ordem em que será verificado o sistema de arquivos. Se 1, será o primeiro. Se 2, será a segunda unidade a ser verificada.
Exemplos de linhas no fstab

/dev/fd0 /media/floppy auto rw,noauto,user,sync 0 0
/dev/cdrom /media/cdrom auto ro,noauto,user,exec 0 0
/dev/hda2 / ext2 defaults 1 1
/dev/hdb1 /home ext2 defaults 1 2

Artigo Publicado em: http://meupinguim.com/entendendo-arquivo-fstab-linux/